Em 2001, Alexandre D´Lara se encontra com Reibass e o convida para montar uma banda de rock. A idéia era criar um projeto progressivo, com canções conceituais e temas soltos e passíveis de improvisos. Como todo sonho cria euforia, a técnica, a estrutura e os meios necessários para atingir aquele propósito ficam para 2º plano, e numa sala pequena, acompanhados por um violão Di Gorgio e um Contrabaixo sem marca, nasce a Subdimensão, nome retirado de uma expressão oriunda de um texto ciêntifico que falava sobre nossa percepção racional sobre a lógica, espaço e tempo: “Só existem três dimensões espaciais e as outras não passam de subdimensões”. No Começo, as composições eram fora do comum, imensas trilhas sonoras sem formato e sem rumo quanto aos temas e contextos idealizados, mas dava um imenso prazer fazer aquilo sem pensar no que iriam se transformar, e logo em seguida convidamos nossa amiga Deise, que é uma excelente cantora para se juntar aquela nave e um grande baterista, Silas Souza para completar a primeira formação da Sub em sua gestação musical. Nosso laboratório era a casa de Reibass, e de algumas experiências nasceram as bases das primeiras músicas, tendo como destaque a longa e instrumental “Ondas Eletro-Magnéticas” e ‘Rádio Mantra” e outras mais comuns ao rock tradicional como “A Colônia”, “Túnel do Tempo” e “Cidade das Pedras”. No inicio de 2002, gravamos no Anjos Studio, as canções “A Colônia” e “Túnel do Tempo”, sendo que essa foi a última participação de Deise na banda, pois devido aos diversos trabalhos paralelos, decidiu sair. No final de 2002, a banda faz sua primeira parada com a saída do baterista Silas Souza e a viagem de Reibass para outro Estado.
Meados do mês de agosto de 2005, D´Lara recebe uma ligação de Reibass informando que ele tinha voltado para Osasco/SP, e queria retomar o projeto Subdimensão. Imediatamente lançamos um anúncio na web procurando músicos, e foi aí que conhecemos Denis Soria, guitarrista uruguaio que nos apresentou o batera Alex Coutinho. Com essa formação iniciamos ensaios, compomos novas músicas e em 2006 fizemos nossa primeira apresentação no Bixiga, e começamos a preparar a pré-produção de nosso primeiro CD. Devido alguns problemas pessoais, Denis acaba saindo da banda, mas deixou sua marca em riffs de guitarras que acabariam sendo usados na canção “Um soneto para Cleópatra” na faixa “Futuro” que só seria lançada agora no repertório de nosso legado. A banda continua o processo de produção, dessa vez como trio e em 2008 grava boa parte do material do disco no Anjos Studio em Osasco e termina o resto em outros estúdios, até fechar no final de 2008 todo material, faltando apenas mixagem, masterização e a impressão das cópias do disco.
Nos primeiros meses de 2009, o disco é mixado no Sub Home Studio, criado por D´Lara, com o propósito de se aprofundar nos softwares de mixagem e gravar guitarra solo, teclados e alguns vocais, fechando o trabalho de produção do disco, a masterização seria feita pelo consagrado produtor e músico Beto Contessotto no Anjos Studio. Quando uma banda autoral decide pelo desafio de produzir seu disco, ela consegue ter plena liberdade de criação e pode arriscar em processos nem sempre convencionais, por isso o resultado do disco é exatamente o que a banda buscava naquele momento, com linhas experimentais de teclados, guitarras com timbres inusitados e crus, sem muitos ajustes, e a imperfeição necessária para que o Rock´n´roll exponha seu lado rústico, pois quem ouve o primeiro disco da Sub, vai ouvir o registro de uma banda sem maquiagem, com atitude quase primitiva e honesta quanto as suas origens e sua música. Em julho de 2009, lançamos o primeiro disco e partimos para trazer um guitarrista, que iria nos ajudar a cair na estrada.
Em agosto de 2009, a Subdimensão finalmente estaria completa com a entrada de JR, o guitarrista canhoto, que traria maior equilíbrio para a banda, com uma sonoridade cativante e moderna para os shows que viriam. Em novembro de 2009, fizemos o lançamento do disco num Teatro em Osasco e finalizamos o ano com mais dois shows na cidade. Já em 2010 e 2011 foi o ano que mais tocamos com diversos shows em Osasco, São Paulo, Guarulhos e outros locais que ainda favoreciam bandas autorais. Além disso, em 2011 lançamos o primeiro clipe da banda, a canção Revés, feito por animação e cheio de simbologias e provocações sobre a sociedade e seus questionáveis valores.
No final de 2011, Alex decidiu por outros caminhos e deixa a banda, mas como tínhamos muitos planos, logo, com a ajuda de Marcelo Negão, conseguimos encontrar um novo batera que tinha total identificação com a banda e dessa forma, pudemos continuar nossa história e seguir a diante com a puberdade musical da Subdimensão. Ainda com agenda de shows sendo cumprida, a banda começa ensaiar novas canções e se preparar para gravar um novo disco. Em 2012, no estúdio Bonhan em SP, a banda parte para esse novo projeto e grava o esqueleto do que deve ser um novo trabalho da Sub, mas chegam tempos difíceis para todos, e os diversos problemas pessoais de cada integrante, faz a banda deixar o trabalho na geladeira e mergulhar no vácuo até 2016, quando surge o projeto Legado Sub.
Em 2016, lançamos a primeira parte do Legado Sub, com canções que foram registradas em estúdio entre 2001 à 2008, mesmos que oriundas de ensaios ou gravações parciais, essas canções contam nossa história. Em 2017, vamos lançar a segunda e última parte do Legado Sub, com uma nova faixa que estava guardada, as outras que foram remasterizadas e são aquelas que consideramos mais representativas em nosso trabalho e determinam o fim nessa fase da banda. Em breve teremos um novo disco, com músicas inéditas, mas por enquanto, somos apenas uma banda de rock sem um status definido, sem shows marcados, mas com uma história crescendo no outro lado do espelho